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Open Finance 2026: portabilidade de crédito, adesão automática e impacto no seu dinheiro

  • Foto do escritor: Dany Lederman
    Dany Lederman
  • 15 de dez.
  • 4 min de leitura

16 de dezembro Dany Lederman


O Open Finance continua sua evolução no Brasil em 2026 com mudanças regulatórias importantes e impactos diretos na vida financeira de consumidores e empresas. O tema desperta minha atenção, e por isso fiz uma pesquisa e resolvi trazer para vocês algumas informações de como a portabilidade de crédito digital, a adesão automática de empresas de sócio único e outras prioridades estão transformando o mercado financeiro e as suas finanças pessoais e empresariais.


O que é Open Finance e por que acredito que ele importa em 2026

Ilustração de open finance com integração digital de crédito, dados financeiros e serviços bancários

O Open Finance é um sistema regulado pelo Banco Central do Brasil que permite o compartilhamento de dados financeiros entre instituições, sempre com consentimento do cliente ou da empresa. Ele evoluiu do Open Banking e hoje inclui histórico bancário, cartões, investimentos, seguros, previdência e muito mais. Esse modelo coloca o cliente no centro da decisão, permitindo mais concorrência, transparência e personalização de serviços financeiros. 


Em 2026, o Open Finance entra em uma fase mais madura, com funcionalidades que vão além do simples compartilhamento de dados, alterando profundamente a tomada de decisões sobre crédito, investimentos e relacionamento com instituições financeiras.


Portabilidade de crédito 100% digital via Open Finance

Uma das principais novidades para 2026 é a portabilidade de crédito pelo Open Finance, que começa a valer em fevereiro de 2026. Até então, a portabilidade exigia vários passos manuais e demorava alguns dias. Com a nova regra, baseada na Resolução Conjunta nº 15/2025 do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional (CMN), operações de crédito poderão ser transferidas de uma instituição para outra de forma totalmente digital e mais rápida. 


Principais mudanças da portabilidade digital de crédito

  • A portabilidade será disponível inicialmente para empréstimos pessoais, com expansão programada para outras modalidades.

  • O processo será todo feito por meio de plataformas digitais integradas ao Open Finance.

  • O prazo para concluir uma portabilidade deve cair para até três dias úteis, potencialmente menor que o prazo atual. 

  • A proposta não elimina a escolha do consumidor — ele ainda decide se quer migrar ou não, mas o processo fica mais simples e competitivo. 


Essa mudança promete acabar com a inércia bancária, isto é, a tendência de clientes ficarem “presos” a contratos de crédito antigos por causa da burocracia. Com mais alternativas claras e digitais, os consumidores poderão buscar melhores condições de juros e prazos em menos tempo. 


Cronograma da portabilidade de crédito pelo Open Finance

O processo seguirá um cronograma gradual ao longo de 2026:


  1. Fevereiro de 2026 – Portabilidade digital para empréstimos pessoais. 

  2. Agosto de 2026 – Início dos testes para portabilidade de crédito consignado do setor público federal.

  3. Novembro de 2026 – Disponibilização ao público da portabilidade do crédito consignado.


Etapas posteriores devem incluir outras modalidades de crédito, expandindo ainda mais a concorrência e a autonomia dos consumidores.


Adesão automática de empresas de sócio único ao Open Finance

Além da portabilidade, outro avanço relevante em 2026 será a adesão automática de empresas com apenas um sócio ao Open Finance. Isso foi anunciado por Ana Carla Abrão, diretora-presidente da Associação Open Finance Brasil, como uma solução para destravar a participação das empresas no sistema aberto.Segundo ela, resolver a questão dos sócios únicos representa aproximadamente 85% das empresas do país, já que a maior parte delas tem apenas um proprietário. 


A medida quer simplificar a experiência de empresas nesse ecossistema que historicamente tem sido mais complexo do que para pessoas físicas. Atualmente, a adesão de empresas ainda é baixa, em parte por causa de desafios na forma de representação de consentimento digital e questões legais relacionadas ao poder de representação dos sócios. 


Com essa mudança, empresas de sócio único poderão participar do Open Finance de maneira mais fluida, abrindo a porta para:


  • acesso mais fácil ao crédito empresarial competitivo; 

  • melhores ofertas de serviços e soluções personalizadas; 

  • mais transparência e concorrência entre bancos e fintechs. 


A expectativa é que essa medida acelere a adoção por pessoas jurídicas e aumente a inovação no segmento de serviços financeiros empresariais.


Impacto direto no seu dinheiro em 2026

1. Melhor acesso e condições de crédito

Com a portabilidade digital, você terá mais poder de negociação e poderá encontrar condições de juros e prazos mais vantajosos sem enfrentar processos burocráticos longos.


2. Maior concorrência entre instituições financeiras

A digitalização da portabilidade e da adesão de empresas promove uma competição mais intensa. Isso pode reduzir spreads bancários e gerar ofertas mais competitivas de crédito e serviços financeiros.


3. Mais transparência e controle sobre seus dados

Você continuará tendo controle sobre quais dados compartilha e com quem, com regras rígidas de segurança e regulação pelo Banco Central. 


4. Simplificação das finanças da sua empresa

Se você é empreendedor com empresa de sócio único, a adesão simplificada ao Open Finance pode melhorar sua capacidade de captar crédito, comparar serviços e integrar ferramentas de gestão financeira com mais eficiência. 


Por que 2026 é um marco no Open Finance

O ano de 2026 marca o ponto em que o Open Finance vai além de ser apenas uma ferramenta de compartilhamento de dados, passando a executar ações relevantes como portabilidade de crédito e adesão empresarial automática. Essas transformações vêm na direção de um sistema financeiro mais aberto, competitivo e centrado no consumidor e empreendedor — com resultados práticos no seu bolso e em sua tomada de decisão financeira.


A expectativa de especialistas é que essas funcionalidades fortaleçam a inovação e aumentem a oferta de soluções financeiras que façam sentido para diferentes perfis de usuários.


O Open Finance não é mais apenas conceito ou promessa. Em 2026, ele entra em uma nova fase de execução que pode transformar profundamente sua relação com crédito, instituições financeiras e dados pessoais. A portabilidade de crédito digital, a participação ampliada de empresas, e a concorrência mais acirrada entre bancos e fintechs são passos concretos nessa direção.


Para quem busca mais controle sobre seu dinheiro, melhores condições de crédito ou soluções financeiras empresariais, 2026 será um ano decisivo, com certeza. 


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